03/03/2011
O nosso apego aos objetos e às pessoas tem, no ciúme, uma das suas formas de manifestações. O zelo demasiado, o cuidado excessivo, a valorização descabida aos nossos pertences chegam às raias da procupação, do desequilíbrio, do desassossego, nas reações do indisfarçável ciúme. É mesmo um estado febril de intranquilidade, que pode nos tirar o sono muitas vezes.
O Ciúme anda próximo da inveja. Ambos são expressões da cobiça, e se manifestam no nosso desejo de posse ou na nossa condição possessiva, ambiciosa e egoísta.
Quando o ciúme se refere às pessoas do nosso relacionamento, é indício da paixão, do amor ainda condicionalmente, dominante, restririvo, eclusivamente. Alguns pares, podem desenvolver laços afetivos que os liguem compromissos ou tarefas comuns, como entre cônjugues assumindo responsabilidades a dois, num desejavel clima de compreensão, tolerância e respeito mútuo.
Os suplícios ou tormentos muitas vezes são criativos voluntariamente, quando começamos a exigir, a cobrar do outro, o que achamos ser de sua obrigação: o ciúme impõe condições. É assim que quase sempre se origina inconformações, o desespero, o desentendimento entre casais. Respeito e liberdade, de ambas as partes, na confiança que edifica e fortalece, aprofunda a amizade para muito além dos limites de uma paixão....
[Continua]